MASTOPEXIA
A mastopexia (suspensão das mamas) associada à colocação de implantes é uma das cirurgias mais realizadas atualmente. Normalmente, os implantes são usados nestes casos para preencher os polos superiores, área que geralmente encontra-se bastante vazia e deprimida.
É importante entender que este tipo de procedimento se faz necessário pelo fato da paciente possuir pele fina, geralmente com estrias, mamas caídas e flácidas com predominância de tecido adiposo (gordura).

O que esperar da cirurgia?
Com a cirurgia, não só as mamas podem ser melhoradas como a sua consistência e forma, tudo obedecendo à norma de harmonia em relação ao físico da paciente como um todo.
Portanto, de igual maneira como ocorreu com o processo de cicatrização, também as “novas mamas” vão passar por períodos evolutivos, que são os seguintes:
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Até o 30º dia – sua forma ainda está aquém do desejado, apesar de já apresentar um melhor aspecto; é comum a ocorrência de edema (inchaço).
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Do 30º dia ao 8º mês - continua a evolução para a forma definitiva, não sendo raros os casos de insensibilidade ou de hipersensibilidade do mamilo. Pode ainda ocorrer edema (inchaço).
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Do 8º ao 18º mês – período no qual a mama vai atingir seu aspecto definitivo, no que diz respeito à cicatriz, forma, consistência, volume e sensibilidade. No resultado final tem grande importância o grau de elasticidade da pele das mamas e o volume final obtido, já que o equilíbrio entre ambos é variável de caso a caso.
Tempo de cirurgia e recuperação
O tempo de duração do ato cirúrgico vai depender do tipo da mama a ser operada. A média é de 4 horas, com um período de internação, em geral, de 12 a 24 horas.
Até ser atingido o resultado ideal, diversas fases ocorrerão e são características do período evolutivo pós-cirúrgico. As cicatrizes variam de acordo com o tamanho das mamas a serem reduzidas e transcorre por três períodos distintos:
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Até o 30º dia, o corte apresenta bom aspecto, podendo ocorrer discreta reação aos pontos ou aos curativos.
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Do 30º dia ao 12º mês haverá um espessamento natural da cicatriz e uma mudança na sua coloração, passando do vermelho para o marrom, para, em seguida, começar a clarear. Por ser o período menos favorável da evolução cicatricial, é também o que mais preocupa as pacientes. Todavia, ele é temporário, bem como varia de pessoa a pessoa.
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Do 12º ao 18º mês, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos espessa até atingir seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo de uma cirurgia de mamas só poderá ser feito após o período de 18 meses.
Desconforto e reações esperadas
Em uma mamoplastia de evolução normal, a paciente não deve apresentar dor e, para isso, é importante obedecer às instruções médicas, em especial no que diz respeito à movimentação dos braços, ao esforço físico e aos demais cuidados nos primeiros dias.
Recomendações Pré-Operatórias
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A paciente deve comunicar até 2 dias antes da cirurgia ocorrências como gripe, indisposição, febre, período menstrual, etc.
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Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer, por um período de 10 dias antes do ato cirúrgico (incluindo também os diuréticos).
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Evitar bebidas alcoólicas ou refeições fartas na véspera da cirurgia.
Cuidados após a cirurgia
Devido ao fato de estar se sentindo muito bem, a paciente, às vezes, pode esquecer-se de que foi operada recentemente, permitindo-se esforços prematuros que poderão lhe trazer prejuízos. Por isso é necessário lembrar de:
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Evitar esforço físico nos primeiros 30 dias.
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Não movimentar os braços em excesso. Obedecer às instruções que serão dadas por ocasião da alta hospitalar, relativas à movimentação dos membros superiores.
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Evitar molhar o curativo até que receba autorização para tal.
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Não se expor ao sol ou friagem por um período mínimo de 60 dias.
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Voltar ao consultório para a troca de curativos e controle pós-operatório nos dias e horários marcados.
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Alimentação normal (salvo em casos especiais que receberão orientação específica).
Tempo de duração
Uma nova mastopexia poderá ser necessária, uma vez que a flacidez recorrerá ao longo dos anos. Apesar de não ter prazo de validade, a troca da prótese é feita entre 10 a 20 anos após sua colocação, tendo como base queixas clínicas de desconforto local, endurecimento, aumento de sensibilidade e de exames diagnósticos específicos que possam sugerir contratura capsular, ruptura ou alguma outra intercorrência, estando a paciente ciente desta possibilidade.